Uma da manhã. Já é sabado e eu acordei faz pouco. Depois de ter caído duro lá pelas sete. Foi um dia tenso. Era tudo tão difícil e complicado ontem no trabalho. E eu exausto, barba por fazer, cara de ressaca mesmo sem ter bebido tanto assim. Existem pessoas e coisas cujo carma é complicar, criar desarmonia, dificultar, sacudir as energias, desequilibrar. Nem sempre dá pra evitar, algumas vezes a gente se deixa levar pelo tsunami, girando sem rumo, arrastado pelas ondas. Foi assim.
Agora é o silêncio do meu quarto, falta de sono, falta de ar, cigarros eletrônicos, preguiça de ir fazer xixi. O som irritante do alarme do relógio de pulso escapando de dentro da gaveta. Uma não vontade. E eu desesperadamente tentando fazer sentido.
Não quero ler, não quero ver, não vou ouvir. Um velho cansado, feio e absurdo me olha desgrenhado do outro lado do espelho. E eu começo a acreditar em purgatório.
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