Sunday, November 20, 2011

Minha gente, minha gente, minha gente, eu não quero parecer cínico ou aquele que é apenas "do contra" e além do mais a causa até que me parece justa(embora eu não vá opinar sobre aquilo do que não estou informado), mas qualquer campanha, mesmo a mais justa e correta, perde toda a credibilidade quando tem dona Maitê Proença entre seus indignados e estridentes baluartes. Isso sim é que é a gota dàgua. Na última vez em que tive notícias de madame, ela pontificava, num programa de TV, sobre as delícias de se morar no Rio. Do alto do conforto luxuoso do Copacabana Palace, a cretina se deliciava com  o fato de existir uma desigualdade social que demarcava claramente os territórios entre "nós"(ricos e famosos) e eles(a plebe descamisada das calçadas fumegantes da triste realidade carioca). No vídeo feio e pouco criativo da tal campanha, as únicas criaturas que me parecem genuínas e sinceras são a sempre santa Letícia Sabatella e a muito naive Elizângela(não existe nome mais perfeito pra uma mega soap star brazuka).

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Eu fui lá e limei mais de 300 "amigos" que nunca ví, e vou continuar a faxina. O facebook virou a república democrática da burrice, terra de imbecís cuspindo sem parar terríveis frases feitas. E citações completamente desvairadas. A pobre Clarice Lispector não merecia destino tão idiota e deve estar se contorcendo toda densa e tensa em seu túmulo de veludo negro. E o Caio? Coitado. Ao menos a deliciosa Hilda Hilst não parece usufruir da mesma popularidade.

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Porém nem tudo está perdido nesse mundo cruel, mais tarde eu me arrumo todo bonitinho e vou pro Barbican ver o gênio supremo Hermeto Pascoal.

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