Friday, June 29, 2012

   Quando eu me mandei pra cá, lá nos já remotos e muito estranhos anos 90, ainda não existia, no Brasil, a Juliana Paes. Assim como muitos outros como Maria Gadú, por exemplo. Eu leio os jornais brasileiros online, especialmente os cadernos de "cultura", e fico boiando por completo. Não faz mal e nem faria sentido eu me mudar de país pra ficar tentando me manter atualizado com as coisas do país que deixei pra trás.    
   Mas essa é outra estória, que podia render um post quilométrico que não vou escrever. Só estou falando nisso por causa da Juliana Paes. E porque os meus pentelhos eram ridículos.
   Eu sempre invejei as pessoas pentelhudas, sempre achei pentelho o máximo do cool, do sexy, do chic. Especialmente nos homens. Porque homem sem pentelho, sejamos francos... E os meus pentelhos sempre ficaram aquém dos meus sonhos, uma coisa assim fina, rala e fraca, quando deviam ser abundantes, crespos, quase crocantes. A minha adolescência foi um horror, em parte por causa da minha falta de penugens íntimas e o terrível complexo e a paralizante timidez que isso me causava. Agora com a idade, tudo ficou normal, meus pentelhos até que são bem jeitosinhos, tô contente, feliz e até que bem peludinho "down below". E nada como envelhecer pra aprender a ficar em paz com o próprio corpo.
    Agora, lendo os jornais brasileiros, descubro que Juliana Paes passa por drama semelhante ao meu, já que havia feito depilação permanente(laser) nas partes pudendas e vai ter que usar pentelho falso pras cenas de nudez de Gabriela, afinal nem devia haver Gillette no sertão. E mesmo que houvesse, a mocinha certamente não usava.
    Na época da minha falta de vegetação não havia toda essa tecnologia que temos hoje em dia. A minha adolescência teria sido muito menos complicada se já houvessem pentelhos artificiais. Ou implante de pentelhos. Eu podia ter sido feliz.
    Força na peruca, Juliana!

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