Friday, December 28, 2012

   Então sobrevivi ao Natal. Ufa! E estou tendo dias de nada, nada, nada. Dormindo muito, comendo demais e fazendo muito pouco. Meu tradicional empadão foi um sucesso(merecido) e minhas rabanadas com essência de baunilha ficaram até bem gostosas pra primeira vez. Dia 24 foi meu dia na cozinha, dia 25 foi de Josephinne, que como sempre arrasou com seus assados variados, suas batatas de se chorar de tão deliciosas e o espetacular, espantoso e indescritivelmente saboroso Christmas Pudding do Heston Blumentau. E mince pies e chanpagne e vinhos dos muito bons. Porque Josephine nunca faz por menos, que Deus a guarde e proteja assim. No mais é apenas tédio. Que eu nem tento superar.
 
 
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    Se eu não menciono um problema, ele não existe. Não é assim que funciona?
 
 
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   Livros pra ler. Muitos e variados. O da Clarice, o The Hare With The Amber Eyes(do Edmund De Waal), o  The Better Angels Of Our Nature( do Steven Pinker), as cartas do Kafka pro pai. E eu ainda engasgado com a Susan Sontag e seu Styles Of Radical Will, que é bom mas difícil, que pede uma concentração que não ando tendo. Penso em começar a ler outro, mas é assim que eu acabo súbitamente lendo vários livros ao mesmo tempo. Dessa vez não.
 
 
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   Pra me divertir eu invento coisas na minha cabeça de vento: enredos de escolas de samba, programas de rádio, decoro casas de campo imaginárias...  Hoje eu criei uma Coluna Social de pobres, onde eu pudesse falar de gente dura mas chic, sem grana mas cheia de estilo, gente criativa. Uma coluna sem madames e socialites jurássicas, sem milionários de gosto duvidoso, peruas meteóricas e garanhões decadentes. Sem corporativismo, sem jabá. Só gente fina, elegante e sincera. E cheia de charme. Carmen Mayrink Veiga não mora mais aqui.
 
 
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    O moço grego não pára de flertar, apesar da namorada. E os tempos são de emergência. Mas não vou me meter em roubadas. Porque além do mais, descobri que a criatura não possui um pêlo no corpo. É grego fake, Zorba do Paraguay.
 
 
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    Falando em Pêlos, eu andei aparando e raspando as partes pudendas. Porque a esperaça é a última que morre, pois não?

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