Saturday, January 30, 2010

Eu queria ter talento. Qualquer talento, pra qualquer coisa. Deve ser absolutamente bom saber que se tem talento pra algo, seja lá o que for. O meu único talento parece ser o de perder tempo, desperdiçar, jogar fora. Eu comprei um par de luvas, fingerless que é pra eu poder usar o telefone, abrir minha carteira, caixa eletrônico, essas coisas em que se usa os dedos. Ia falar do trabalho hoje, mas vou deixar pra lá. Eu quero ir ao cinema amanhã, ver Precious, curioso com dona Mariah. Eu tenho música, eu tenho livros bons de ler, nem preciso de mais nada pra ficar uma pessoa contente. Eu não era assim não, era sarcástico, bobo, meio agressivo insuportável. Eu ainda tenho alguns poucos amigos, que eu sei que trato mal, pior do que merecem, menos, menos, menos. E além de tudo sou uma criatura dolorida. De cultivar flores de aço.

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